Um passeio para ficar na história. Assim podemos definir o tour de sábado, 13 de agosto. A idéia inicial do Osmar, sempre o mais equilibrado do grupo, era pegar as ladeiras de Votorantim, e assim melhorar a resistência da turma. Mas o Enéas quis pegar estrada e visitar o restaurante Quinta do Marquês, no km 57 da rodovia Castelo Branco. Idéia aprovada, lá fomos nós – Capi, Big, Enéas, Osmar, Magoo e Coil, o Homem Mola.
O sol prometia rachar naquela manhã. Pegamos a Castelinho rumo ao nosso destino. A exemplo da formula 1, também enfrentamos pista suja de vez em quando. E quando isso acontece, pneu furado é uma constante. Pensando nisso, e levando em conta o histórico do nosso amigo da fauna animal, Osmar já previa que o Capivara nos desse muito trabalho nesse quesito, já que ele é o campeão de pneu furado. Mais a frente o amigo leitor perceberá que a profecia se concretizou, mas errou o personagem dessa vez.
Castelinho e Castelo Branco são duas rodovias de fortes emoções, afinal, apesar do acostamento, muitos carros e principalmente caminhões gostam de passar juntinho de nós. Talvez seja excesso de amor, o fato é que às vezes nosso coração é colocado à prova.
Esse passeio prometia ser mesmo especial, diferente. Acredite amigo leitor, mas o Enéas conseguiu convencer o Osmar, mais conhecido como Osmar Onze e Meia, a ir até o final. Vale lembrar que seu fiel seguidor, o Beto Twitter não se fazia presente.
Na ida tudo correu bem. Difícil mesmo foi subir os 3 km da serrinha, em Itu. No restaurante a turma recuperou as forças comendo pão de queijo e croissant. Na hora de voltar, o primeiro imprevisto. Enéas estava com pneu furado. Como ao lado do restaurante tem um posto de gasolina, lá fomos nós aproveitar a sombra e a bomba de calibrar. Nosso incrível Coil, o Homem Mola fez a sua primeira intervenção do dia. E ainda teve que aturar um senhor ao lado dizendo que se ele trabalhasse na Fórmula 1 estaria desempregado pelo tempo gasto no conserto.
Nosso grande amigo Big, acreditem, começou o caminho de volta para Sorocaba sem perceber que seus colegas tinham ficado no posto. Magoo saiu na captura do ciclista fujão e aí foram os dois que não voltaram. Pneu trocado, todos recomeçaram o caminho de volta, sob o sol escaldante de 11:30 da matina. Big e Magoo esperavam pelo grupo deitados na grama ao lado do acesso ao Rodoshoping.
Quando tudo parecia rumar com tranqüilidade, foi a vez da Spark 30 do nosso Onze e Meia apresentar problemas.
A corrente saiu e entortou. Colocada de volta, ficou pulando em cada pedalada. Osmar chegou a pensar em resgate diante da impossibilidade de pedalar. Mas o Thiago, vulgo Coil, entrou em ação de novo. Pegou seu alicate mágico e fez um reparo emergencial, suficiente para chegar ao destino. E lá foram os 7 bravos ciclistas.
Outro imprevisto. Magoo ficou com inveja e furou o pneu também. Na verdade foram 3 furos, quase uma peneira. Nem preciso dizer quem fez o reparo – Coil, sempre ele.
E o Enéas já estava observando que aquele pneu consertado estava esvaziando novamente. Na altura da Casa do Cidadão, da Castelinho, mais uma parada para ver o que estava acontecendo. Nessa altura, com 7 valentes ciclistas quase mortos, dezenas de urubus começaram a sobrevoar a área na esperança de comer carne fresca. Bom, fresca não posso garantir, mas com Big, Osmar e Thiago, a carne seria abundante para as aves de rapina.
Enéas descobriu 2 furos na câmara e uma triste realidade. Não havia mais câmara reserva com ninguém. Todas já tinham sido usadas. O jeito foi fazer remendo. O tempo gasto foi bem maior, a aglomeração de urubus aumentou, mas o pior estava por vir. Enéas quis usar o seu super equipamento de CO2 com enchimento rápido. Assim que esvaziou a cápsula percebeu que o pneu estava mal colocado e a câmara estava escapando pela lateral do aro. Correria para esvaziar antes que estourasse nossa última câmara.
Tudo conservado, tivemos que usar a bomba manual de ar. Na hora de retirar a bomba, a válvula veio junto, inutilizando a câmara. Aí não teve jeito, a solução foi ligar para o Paulo Pimenta, que não foi ao passeio, mas esperava pela turma no Bar Santiago para a devida hidratação, para resgatar o Enéas. O restante pegou a bike, juntou o resto de forças que ainda sobrava e rumou para o Bar Santiago. De quebra, o Paulo trouxe também o Big, que mesmo 15kg mais magro, sentiu a falta de ritmo.
Todos chegaram ao bar, vivos e com a excelente marca de 95km percorridos.
By Osmar
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