sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TOUR DA CONFRATERNIZAÇÃO - 11/12/2010

Era um belo sábado de sol e novamente os destemidos CERVABIKERS iniciariam mais um tour como de costume, mas desta vez seria especial. O objetivo era chegar até a chácara do Galo próximo a Araçoiaba, onde realizar-se-ia uma confraternização de fim de ano dos CERVABIKERS. Evento este que seria acompanhado de muito esporte, amigos, esposas , carne e chopp.

Portanto as 8:09 saíram da praça Lions os intrépidos CHOPPBIKERS, digo... CERVABIKERS. Eu estava alguns quilômetros a frente do grupo aguardando –os em frente a VALEC (não estava a frente pelo preparo físico e sim pela situação geográfica privilegiada). Alguns indivíduos como Bozó, Beto e Galo não foram em duas rodas, mais sim em quatro (é que eles estão aprendendo a andar de bicicleta e usam suporte com rodinhas atrás). Nada disso, quatro rodas significa by CAR.


Tudo ia bem até que a primeira baixa ocorreria prematuramente, próximo ao topo da Américo de Carvalho, onde o pneu da bike do Capi não resistiu e furou (nossa estatística se confirmou: um furo a cada 5 ciclistas). Novamente como uma equipe de F1, Enéias, Capi e PP efetuaram a troca rapidamente.

Prosseguimos, só que tivemos que desviar da rota original, pois Capi tinha esquecido seu capacete assim como tinha esquecido no alambique! (vamos providenciar uma correntinha para amarrar o capacete na bike do Capi). Bom, pelo menos conhecemos o cachorro do Capi. Alguém até mencionou que é a cara do pai!

Uma vez protegida a caixa craniana do nosso amigo roedor, retomamos a nossa rota original.

Partimos então pela movimentada Avenida Armando Pannunzio em direção ao Ceagesp para depois pegar o caminho para Araçoiaba.

Ao passarmos pelo Ceagesp nosso amigo Enéas grita sutilmente: VAAAAAMMMMOOSSS COOOOMEEER UM PATEEEERRRRR DI QUEIJUUU NU CIAGESPIIIII ??? Não precisou gritar duas vezes !!! Lá estvam os Cervas tomando uma água de coco ( hidratação light ) e comendo o tradicional pastel local.

Pedala, pedala, pedala.....aqui vou dar um belo de um jump, pois nada de anormal ocorreu.

Bom, alguns quilômetros antes do cemitério Memorial Park, Enéias sinaliza para um motorista que o seguia, que o mesmo podia passá-lo, mas mal sabia Enéias que era um carro funerário. (daí ele entendeu e ficou aliviado, pois pensou que estava segurando uma fila de carros!).

Mais a frente paramos no cemitério para tirarmos fotos uma vez que o Enéias e PP não conheciam o local (um dia vão conhecer até demais). Um funcionário do cemitério já queria fazer rolo com o quadro da bike do Capi, perguntando até o preço da mesma.

Seguimos adelante, e passado alguns Kms, nos deparamos com uma bela descida cheia de pedras e pedriscos misturados com muita areia na qual fazia a traseira da bike sambar legal. Além disso, comemos muito pó causado pelos caminhões e carros que transitavam no local. Mas isso não era nada comparado com a subida progressiva que iríamos enfrentar logo à frente. Durante a subida eu só pensava nas loiras geladas que estavam me aguardando na chácara do Galinho.

Depois de muito esforço e garganta forrada com pó, efetuamos um STOP and GO num tradicional buteco na rodovia. Tomei um energético e deixei o fim para o Magoo. Todos se reabasteceram de líquidos e sorvetes e seguimos a rota.

Já nos primeiros 20 metros o Magoo grita: “Meu pneu furou!” e neste momento Magoo já não era mais invicto! (Seria a boca santa do Capi? Ou teria ele arremessado taxinhas no pneu do Maggo?) Lá se foi o último dos moicanos! Contudo Magoo não se abateu e aproveitando a taurina no sangue, disparou a pedalar num ritmo frenético, mesmo com o pneu dianteiro furado por uns 1.000 metros até que o atrito se tornou mais forte que a energia proporcionada pela taurina. (se ele tivesse tomado um energético inteiro, já estaria na chácara do Galo rapidinho).

Fomos atrás do indivíduo e registramos a segunda baixa. O pior é que até a nossa estatística FUROU!

Diferente da primeira troca efetuada como na F1, desta vez foi um verdadeiro desastre. Demoramos tanto que até o Galinho apareceu com a esposa de carro para ver o que tinha ocorrido. Após várias tentativas com várias bombas e várias câmaras, finalmente conseguimos botar a UPLAND na estrada e seguimos viagem.

Avançamos mais 1km e finalmente chegamos a chácara. Imediatamente Paulo Pimenta já me serviu um belo chopp gelado e cremoso que desceu super redondo guela abaixo! Que maravilha !

Em seguida, o grupo se dividiu e metade foram comprar a carne e outra metade ficou tomando. Nem precisa adivinhar em qual grupo eu fiquei . (resposta em negrito).

Na volta das compras nosso churrasqueiro Paulo Pimenta já assumiu a churrasqueira para iniciar os preparativos.

Aproveitamos e já fizemos a racha dos valores, coisa pequena que pela cara do PP ,não assustou ninguém


Após muito chopp e blá-blá-blá tocou a musica Garota de Berlim!!! Neste momento Galo tentava explicar quem era a garota de Berlim quando foi desbancado pela Nádia sobre a data da queda do muro de Berlim mas tudo vez sentido, afinal se ela estava encima do muro é um sinal q o muro não tinha sido colocado abaixo em 89... a musica era de 86..., resolvemos jogar futebol.

Alguns até que tinham intimidade com a bola, outros nem tanto! Basta dizer que na bola ficaram encravadas umas duas unhas do Capi. O Osmar não acertava o gol, parecia que ele estava tentando derrubar alguma jaca que ficava no vizinho atrás do gol. O PP agarra bem as bolas (no bom sentido claro!).

Bom depois do bate bola, voltamos para o Chopp e em seguida PP preparou umas carnes para o grupo. Osmar e Beto tiraram fotos juntos. Ambos não usaram a camiseta dos CERVABIKERS.

De repente Capi e Pimenta resolvem cair na piscina. Em seguida Enéas também. Mas não demorou muito e alguém gritou ” Vamos jogar o perinha na piscina!” e já vieram os três indivíduos e me levaram para a piscina. O Osmar só ria, mas mal ele sabia que seria o próximo! Conclusão, todos os CERVABIKERS estavam na piscina com exceção do Beto.

Tentei de todas as maneiras convencer os CERVABIKERS a formar uma estrela boiando na piscina. Tentei argumentar que não iríamos dar as mãos como bichas mais sim juntar pé com pé até formar a estrela. Ninguém topou, metade não sabia boiar.

Enfim resolvemos jogar Biribol. Galinho providenciou rede e bola. De um lado Enéias, PP e Galinho e do outro, Capi, Maggo e eu. Osmar declinou devido a problemas ombrísticos.

Apesar de estarmos em desvantagem devido ao lastro que tivemos que carregar (a bermuda encerado Locomotiva) que pesava demais e mesmo assim, eu subia mais que o Enéias. Conclusão, ganhamos com facilidade, graças as cortadas, bloqueios e toques encaixados milimetricamente pela nossa equipe. Não vou mencionar o café com leite porque certamente será editado antes de postar no blog.

O churras se encerrou debaixo de muita chuva e no final Capi pediu resgate para voltar. Em seguida pedi também resgate para a Gisele que me levou junto com o Maggo.

Foi uma confraternização muito legal onde praticamos vários esportes como ciclismo, futebol, biribol e alterocopismo (para quem não sabe é levantamento de copo). Pena não terem comparecidos todos os integrantes, mas vamos aguardar a próxima confraternização! Viva os CERVABIKERS!

Valeu
Texto Pera com contribuições Capivarescas, Magoolisticas e Galoinacias

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Road Shopping – 04/12/10 – 63 km

Depois de uma noite chuvosa lá estavam os destemidos Cervabikers, Capivara , Pedrão e Thiago, concentrados na praça Lions para mais um pedal aventureiro. Desta vez nossos heróis teriam um tempo limitado para realizar seu tradicional passeio, pois Capivara teria um compromisso às 13:30 e Magoo seria o churrasqueiro em um evento que começaria as 10:00 hs. Detalhe: Não fomos convidados para a festa do Magoo.

Mas onde estavam Perinha, Enéas e Magoo? O tempo era curto e eles já estavam atrasados 30 min !!!

Teria Magoo dormido demais e esquecido o sacro-santo compromisso com os Cerva? Teria Perinha sofrido mais uma contusão? E o Enéas, teria esquecido a toalhinha? Nada disso: A câmera do pneu da bike do Enéas resolveu dar problema e teve que ser trocada.

Nosso plano inicial seria visitar o parque do Varvito, em Itu , porem percebermos que não seria possível, devido ao tempo limitado. Decidimos então seguir pela Castelinho e decidir o que fazer quando chegássemos próximo ao pedágio. Nosso ritmo estava muito forte, pois, como já diria o Capivara: Tempo é cerveja !!! Cada minuto perdido afetaria diretamente a hidratação (também conhecida como a cervejinha depois do pedal).

Estávamos mantendo uma média de 25 km/h (ritmo forte) , Pedrão e Thiago pedalando feito doidos, Capivara e Enéas se esforçando para acompanhá-los uns 100 m atrás e Magoo e Pêra lutando contra seus limites vinham um pouquinho mais atrás. Foi neste momento que Magoo literalmente “abriu o bico”. Na primeira parada ele anunciou que um churrasco o esperava e precisava retornar. Não podemos dizer que ele “amarelou” porque estava muito vermelho e ofegante e com aquele olhar longínquo. O Enéas com sua toalhinha no rosto falou: Tá parecendo o Osmar, sempre volta na metade !!

Foi muito injusto, pois Magoo é um bravo e sem noção guerreiro e nosso amigo Osmar é um valoroso colega, sempre disposto a novas aventuras.

Neste ritmo frenético rapidamente chegamos até o pedágio e decidimos abortar a ida até o Varvito, (falta de tempo), fomos então, para o Road Shopping na rodovia Castelo Branco.

Passamos pela passarela da Castelo e chegamos no local, onde fizemos algum sucesso, pois o Perinha foi confundido com um renomado ator de Hollywood.

Depois foi só retomar o fôlego, reabastecer as mochilinhas, dar alguns autógrafos e posar para as pouco criativas fotos.

Tudo parecia uma corrida contra o relógio, pois Capivara estava cada vez mais desesperado para tomar umas cervejinhas com os amigos do pedal. Rapidamente nossos etílicos heróis retornaram para a estrada para comer o asfalto. A Castelo passou muito rápido e na Castelinho mais uma baixa: O pneu traseiro do Perinha furou. Estariam os Cerva fadados a não ter a tradicional hidratação depois de tanto sacrifico?

Neste momento crítico baixou o santo em Capivara, que encarnou um mecânico da Ferrari e reparou o problema em menos de 10 min. Nada poderia estragar o ápice de cada pedal dos Cervabikers: A HIDRATAÇÂO, que desta vez foi no restaurante Tropical, no início da Av. Washington Luiz..

Depois de algumas cervejas, porções e muita conversa, era chegada a hora de retornarmos para nossos lares. Como sempre, estávamos bastante cansados e o retorno foi difícil, pois o álcool já estava mais abundante que a água em nosso sangue. No entanto, o prazer de pedalar, e com amigos de verdade, supera qualquer dificuldade e torna a vida muito mais agradável.


by: Capivara

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pedreiras Salto de Pirapora – 27/12/2010

Nosso grupo, a cada pedalada que passa, fica cada vêz mais sem opção de novos percursos em nossa região e, diante desta situação, somos forçados a repetir alguns. Mas alguns deles valem a pena a repetição, como é o caso dos lagos formadas nas pedreitas desativadas de Salto de Pirapora, cidade limitrófe a nossa querida Sorocaba e que faz parte de nossa região metropolitana. Além, pesou a favor desta escolha o fato de nossos amigos Rui Bevevino, famoso cabeça de pêra, e Osmar, mas aquele que vem para o bem, ainda não conhecerem o local.

Pois bem, para quem ainda não conhece, viaje conosco nesta breve narração de mais uma aventura dos Cervabikers.

Eram 8:15h e todos já estavam concentrados na praça Lions, inclusive o Magoo que, como sempre, chegou pontualmente 10 minutos atrasado. Todos que digo são os pontas-firmes Capivara, Perinha, Thiago, Osmar, Pedrão, Enéas e Magoo.

Nesta aventura, a primeira grande dificuldade já era sentida na pele. O nosso astro rei já sinalizava que iria nos acompanhar com muita intensidade.

Saimos, como sempre, bastante descontraidos e firmes no propósito de alcançar nosso objetivo, mesmo com o sol já castigando nossa cútis.

Em Votorantim, próximo ao trevo de Piedade e Salto de Pirapora, fizemos nossa primeira parada mais longa para reidratação. Sei que alguns protestarão mas, neste momento, optamos por não injerir o precioso líquido inspirador de nosso grupo e sim uma água de côco bem gelada. O calor já estava insuportável e nossa jornada ainda estava na metade.

O local escolhido foi uma pequena lanchonete, a beira da rodovia SP 77, que liga Sorocaba e Votorantim a Piedade, Salto de Pirapora e Tapiraí.

Tudo estava bem, até que lágrimas correram o rosto de nosso amigo Osmar. Ninguém compreendeu inicialmente o motivo até que observamos, em um pequeno jardim, algo que o remeteu a uma profunda sensação de solidão, pois o amor de sua vida não estava a seu lado naquele momento. Que fique bem claro à todos, que o Osmar tem um amor, quase que de pai, pelo nosso outro amigo Beto. O Beto, que alías precisa participar mais de nossas pedaladas.

Mas que ficou esquisíto ficou!!! Até um dos caras que estava trabalhando na lanchonete comentou sobre aquele incomum episódio.

Vamos deixar de lado tudo isto. O importante é o respeito, o carinho e admiração que todos os membros de nosso grupo cultivam mutuamente.

Pegamos então o sentido de Salto de Pirapora. Passamos pela fábrica de cimento Santa Rita e logo adiante, após o bairro Capoavinha, chegamos a primeira pedreira, ainda em atividade. Mesmo não sendo a nossa primeira visita ao local, nos impressionou a vista e o trabalho das máquinas e caminhões, que pareciam brinquedos tamanha a profundidade do local de extração das pedras.

Seguindo adiante, chegamos finalmente ao nosso destino. O calor estava a ponto de nos derreter, e o Thiago com o Osmar não resitiram e cairam na água...

Perinha e Capivara mandaram vêr e tomaram uma Skol bem gelada para repor as energias. Os demais, preferiram aguardar o retorno para fazer a reidratação mais prazerosa e ficaram apenas nos isotônicos e água mineral.

Pessoal, o local vale a pena ser visitado. Apenas uma recomendação, se não souber nadar, não se arrisque. O lago é profundo e a água azul de aparente tranquilide oferece riscos, como nossos amigos Thiago e Osmar puderam observar. Grupos de mergulho costumam fazer exercícios no local.

De novidade, pensamos em adotar um novo modelo de muchilas para nosso grupo, equipadas inclusive com uma boa reserva de oxigênio...

Inicialmente planejamos fazer o trajeto de retorno por Salto de Pirapora mas, devido a temperatura elevada e o fato do Osmar estar bastante desgastado, decidimos retornar pelo mesmo caminho, ou seja, por Votorantim.

Não foi fácil, como nunca é, o retorno. Exaustos e desidratados, paramos no já familiar posto de recuperação do “Restaurante do Gaucho”, antigo etc e sal, em Votorantim. Ali, como de costume, as Originais geladas já estavam nos aguardando junto com as porções de picanha, coração de frango, torresmo, etc...etc...

Magoo e Perinha não resistiram e encararam ainda uma “fejuca” antes de encararem a subida da avenida São João só para fazerem companhia com o moribundo do Osmar e o mascarado do Enéas.

Graças a Deus tudo mais uma vêz correu bem e, tão motivados quanto começamos, finalizamos nosso desáfio.

Vamos para o próximo.

Vejam mais fotos desta aventura:



Escrito, mais uma vêz, por Magoo.

“Para ser um Cervabikers não basta simplesmente ter uma bike, pedalar. Têm que ter atitude, espirito de grupo, determinação e superação...Valeu Osmar”

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cachoeira da escadaria – 20/11/2010

Caros seguidores, simpatizantes e afins de nosso blog.

Todos sabem de minha grande admiração por todos os membros deste eclético grupo de “pedalfilistas”, mas desta vêz, vou abrir meu coração e expor fatos desconhecidos da grande maioria.

Primeiramente, quero saber quem foi o “FDP” que sugeriu novamente o percurso para aquela cachoeira da escadaria, lá na “PQP”?????

Segundamente, quem foi que convidou o Chico Xavier para participar desta pedalada??????

Quero deixar bem claro que este “FDP” – Feliz Desportista dos Pedais”, acertou em cheio, pois a cachoeira lá na “PQP” – Perfeita Quota do Paraíso” vale a pena ser visitada, mesmo que o preço seja o sangue derramado no caminho ou mesmo o sangue sugado por muriçocas...

Que passeio sensacional...Nosso grupo está cada vêz mais ousado e focado em metas ambientalmente corretas. (Não gostei, mas vai ficar assim mesmo...)

Agora!!! Merece uma salva de palmas o cara que convidou o grande Chico Xavier para as pedaladas. Foi de emocionar tamanha determinação e superação de nosso amigo, que deixou todos seus compromissos de outro mundo, só para nos dar o prazer de sua companhia. Este sim, podemos afirmar que transpôs muitos obstáculos, quase que mortais, para alcançar o paraíso. Derramou, literalmente, sangue e suor em sua primeira jornada para chegar e retornar da PQP.

Como de costume nosso grupo se concentrou na praça Lions, de nossa belíssima cidade, e às 08:15H iniciamos nossa jornada até a cachoeira da escadaria, nas longínquas terras do Sr. Antonio Ermirio de Moraes, de nossa vizinha cidade de Votorantim.

Estavam lá, cheios de entusiasmo, os sempre determinados e pontas-firmes Magoo, Capivara, Perinha, Thiago e Enéas além de nosso convidado especial Chico Xavier. Não presentes, os furões Big, Pedrão, Juninho, Paulo Pimenta, Galo, Osmar, Beto (filho do Osmar). O Osmar teve a coragem de trocar a nossa companhia pela de um tal de Kevin Costner, que foi fazer um showzinho em Bauru. Dá para acreditar?


Naquela agradável manhã, partimos para a “cachoeira da escadaria”, conscientes dos desafios que haveria pela frente.

Já nem comentamos mais sobre a dificuldade para se chegar até o cemitério de Votorantim, pois isto para os Cervabikers já está se transformando em um leve aquecimento, considerando o grau de dificuldade do trajeto desenhado, que denominamos de Inhaiba Reverso. Até o Chico Xavier conseguiu chegar. Meia hora depois, mas chegou...

Alguns Kms após o cemitério, surge o primeiro grande desafio. A descida da “bendita” trilha do sofá. Como não afrouxamos, decidimos desce-la sobre nossas máquinas de comer terra, mesmo tendo em mente o acidente ocorrido na semana anterior com uma das integrantes do grupo do casal 20, que diga-se de passagem, um grupo muito legal com o qual os Cervabikers costumam pedalar de vêz em quando.


Graças a Deus, todos nós chegamos intactos ao final da descida daquela trilha. Nosso amigo Capivara bem que tentou fazer a descida sem utilizar os freios, mas não conseguiu. Este feito cabe somente ao mais destemido membro do grupo, o Magoo.


Entramos então na parte considerada mais leve da trilha, cercada de “calípios” e agradávelmente sombreada. Desconsiderando os aclives, pois também tivemos bons declives, tudo estava correndo muito bem, até que nosso amigo do outro mundo, o Chico Xavier, começou a reclamar de dores musculares. Alias, ele já estava apresentando uma certa irritação com os demais companheiros, pois a todo momento alguém lhe dizia que já estávamos chegando ao destino e só o que se percebia é que ficávamos cada vêz mais longe do mundo. Mas fazer o que? Se ele tentasse voltar sozinho, certamente iria se perder. Então, ele respirou fundo e foi em frente.


Mas não teve jeito, tivemos que dar uma paradinha mais longa para descanso, afinal todos estavam cansados. Foi ai que fomos atacados impiedosamente por gigantescas muriçocas, que a todo custo tentavam levar nosso precioso sangue. Não bastasse isso, agora foi a vêz do Perinha, dizer que não estava conseguindo ficar parado, pois seus pés, estranhamente doíam. Conclusão, tivemos que correr das muriçocas e não podíamos mais parar em função das dores do Perinha. Um, Chico Xavier, reclamava de pedalar e o outro, Perinha, reclamava quando parávamos. Durmam com um barulho deste...

Quanto mais aproximava-mos da cachoeira, mais difícil se tornava o caminho. Daquela bem cuidada estrada de terra, entramos finalmente no caminho que nos levaria a tão aguardada cachoeira da escadaria.

Chico e Perinha foram a loucura, quando adentramos em seu trecho final.

Até mesmo Carlos Drumond de Andrade se surpreenderia com o que estava por vir. Não havia uma pedra no caminho, mas havia sim uma tênue linha no meio de uma imensidão de pedras. Havia chovido durante a semana, e o nosso caminho se transformou em um verdadeiro teste de resistência e até, porque não dizer, de sobrevivência. Afinal, o risco de uma queda com graves consequências era iminente.

Não tínhamos como recuar. Nossa honra estava em jogo, e não seriam aquelas pedras que nos impediriam de chegar a PQP. Lembramos do ditado que diz que só se alcança o paraíso com muito suor e que pedras fazem parte do caminho.

Foi decidirmos ir em frente e alguns metros depois o Chico disse que não tinha mais como continuar, pois sentiu uma fisgada no músculo de uma das pernas. Mais alguns metros, foi a outra perna. Já não tinha mais controle sobre elas e estava com uma enorme dificuldade para continuar, até mesmo a pé.

Magoo, num ato de solidariedade ao amigo, passou a acompanhá-lo. Na verdade o Magoo estava era exausto e se aproveitou da fragilidade do Chico para justificar sua baixa performance.

Pedras, suor, dor e muriçocas não foram suficientes para abalar nossa determinação e finalmente...A Cachoeira da Escadaria, lá na PQP...




A emoção e a alegria foram contagiantes...Todos queriam desfrutar daquela abundante beleza natural. Thiago foi direto para a água, que aliás estava muito gelada. Magoo tomou posse de uma verdadeira poltrona no meio do lago formado pelas aguas da cachoeira, Capivara já se imaginou como o “Caratê Kid; Chico Xavier entrou em transe e só meditava sob as sombras daquele deslumbrante cenário; Enéas era só sorrisos e não cansava de dizer o quanto tinha valido a pena tanto sacrifício. Perinha, sempre centrado, em silêncio contemplava aquele belo pedaço do paraíso.

Alguns certamente podem discordar quanto aos desafios e obstáculos encontrados para chegar a “cachoeira da escadaria”, porém temos certeza que ninguém questionará a beleza e o encanto do local. Vale a pena conhece-la.

Recarregadas as baterias, é chegada a hora de iniciar-mos o retorno, que por sinal, não seria diferente em termos de dificuldade e desafios.

Em uma pequena descida, Chico caiu com sua Treck em uma vala e ai veio o pior...ralou uma de sua pernas.

Agora sim, além da dor, do suor e das pedras, temos também sangue derramado no caminho...

Percebam, caros aficionados do pedal, o quão penosa foi esta nossa aventura.

Como se não bastassem as dificuldades naturais, erramos o caminho de volta. Magoo e Chico, empurrando suas bikes por quase 2 Kms, são surpreendidos com nosso amigo roedor descendo a ladeira berrando, com sua voz inconfundível: Volta, volta!!! O caminho está errado...

O Chico, naquele momento, só não chorou porque já não tinha mais forças para isto. Olhou para Magoo e disse: Não vou conseguir voltar, não estou mais aguentando...

Não tinham o que fazer a não ser voltar. A sorte é que agora iriam descer toda aquela distância que haviam subido empurrando suas bikes.

Sofremos, mas conseguimos vencer mais uma difícil etapa de nossa aventura. Chegamos a portaria da Fazenda.


Foi um alívio geral, como se tivéssemos atravessado o deserto do Saara, sem água, e chegamos a um oásis...

A partir deste momento tudo seria diferente. Sorrisos novamente surgiram nos belos rostos de todos cervabikers. Já nos sentia-mos em nossas casas, pois até Brigadeiro Tobias seriam somente descidas, com muito pouco esforço físico demandado.

Finalmente, é chegada a hora de nossa reidratação, e o local escolhido foi o Bar Santíago, um de nossos patrocinadores. Infelizmente a bateria de nossa, ou melhor da máquina de tirar retrato do Capi, se esgotou e não foi possível fazer o registro deste momento tão agradável e que faz parte do estatuto deste que é, com certeza, o grupo mais unido e irreverente de bikers de nossa cidade.

Com um completo rodízio de cervejas, acompanhado de duas generosas porções de mignon a parmegiana e muita descontração fechamos mais uma agradável aventura.

Caros Cervabikers, para fechar meu coração, um grande abraço à todos e saibam que é uma enorme satisfação tê-los como amigos.

Vamos para o próximo, e que Deus nos abençoe.

Magoo

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pró-Vida – 15/11/10

Nesta importante data cívica e depois de terem rodado cerca de 57 km no passeio anterior, Enéas e Capi se juntaram ao Casal 19 para explorar as belezas naturais próximas ao Pró-Vida.

Mas quem faz parte deste “Casal 19“ e quem não é dez nesta dupla ???

Este é o casal mais bem humorado do ciclismo nacional: Osmar e Nadia, que fez a sua estréia nos Cervabikers. Osmar é meio fresco, mas é meu amigo! (respondi quem não é dez?)

Capivara partiu de Jundiacanga e Enéas e o Casal 19 partiram de Sorocaba para se encontrar próximo ao Pró-Vida. Só para variar pararam na “Padoca” para comer o “pão na graxa”. Vejam que “bunitinho” o Enéas fazendo biquinho !!!

Depois deste pequeno breakfast eles partiram para mais uma aventura no campo.

Depois de pedalar pela região, Osmar, com seu espírito desbravador, sugeriu visitarmos um alambique local. A placa dizia que o local ficava à 200m, no entanto pedalamos mais de 1 Km pirambeira abaixo até chegarmos.

Como já dizia o Perinha: É o que viu !!!! Realmente seria difícil de acreditar que no meio do nada iríamos encontrar uma instalação tão bem cuidada e muito visitada pelos turistas locais. Tinha até um tonel de 15.000 litros da mais pura cachaça caipira e a deliciosa pinga canelinha.

É amigo da Globo!!! Cervabiker também degusta uma pinga !!!

Depois de acompanhar o pessoal até a estrada de Salto (próximo a Ufscar) , Capivara foi lembrado que havia esquecido seu capacete no alambique. Nosso herói roedor teve então que retornar para tomar mais uma dose antes de regressar para Jundiacanga.

Foram mais 50 Km bastante animados, Ihhhiccc !!!