segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cachoeira da escadaria – 20/11/2010

Caros seguidores, simpatizantes e afins de nosso blog.

Todos sabem de minha grande admiração por todos os membros deste eclético grupo de “pedalfilistas”, mas desta vêz, vou abrir meu coração e expor fatos desconhecidos da grande maioria.

Primeiramente, quero saber quem foi o “FDP” que sugeriu novamente o percurso para aquela cachoeira da escadaria, lá na “PQP”?????

Segundamente, quem foi que convidou o Chico Xavier para participar desta pedalada??????

Quero deixar bem claro que este “FDP” – Feliz Desportista dos Pedais”, acertou em cheio, pois a cachoeira lá na “PQP” – Perfeita Quota do Paraíso” vale a pena ser visitada, mesmo que o preço seja o sangue derramado no caminho ou mesmo o sangue sugado por muriçocas...

Que passeio sensacional...Nosso grupo está cada vêz mais ousado e focado em metas ambientalmente corretas. (Não gostei, mas vai ficar assim mesmo...)

Agora!!! Merece uma salva de palmas o cara que convidou o grande Chico Xavier para as pedaladas. Foi de emocionar tamanha determinação e superação de nosso amigo, que deixou todos seus compromissos de outro mundo, só para nos dar o prazer de sua companhia. Este sim, podemos afirmar que transpôs muitos obstáculos, quase que mortais, para alcançar o paraíso. Derramou, literalmente, sangue e suor em sua primeira jornada para chegar e retornar da PQP.

Como de costume nosso grupo se concentrou na praça Lions, de nossa belíssima cidade, e às 08:15H iniciamos nossa jornada até a cachoeira da escadaria, nas longínquas terras do Sr. Antonio Ermirio de Moraes, de nossa vizinha cidade de Votorantim.

Estavam lá, cheios de entusiasmo, os sempre determinados e pontas-firmes Magoo, Capivara, Perinha, Thiago e Enéas além de nosso convidado especial Chico Xavier. Não presentes, os furões Big, Pedrão, Juninho, Paulo Pimenta, Galo, Osmar, Beto (filho do Osmar). O Osmar teve a coragem de trocar a nossa companhia pela de um tal de Kevin Costner, que foi fazer um showzinho em Bauru. Dá para acreditar?


Naquela agradável manhã, partimos para a “cachoeira da escadaria”, conscientes dos desafios que haveria pela frente.

Já nem comentamos mais sobre a dificuldade para se chegar até o cemitério de Votorantim, pois isto para os Cervabikers já está se transformando em um leve aquecimento, considerando o grau de dificuldade do trajeto desenhado, que denominamos de Inhaiba Reverso. Até o Chico Xavier conseguiu chegar. Meia hora depois, mas chegou...

Alguns Kms após o cemitério, surge o primeiro grande desafio. A descida da “bendita” trilha do sofá. Como não afrouxamos, decidimos desce-la sobre nossas máquinas de comer terra, mesmo tendo em mente o acidente ocorrido na semana anterior com uma das integrantes do grupo do casal 20, que diga-se de passagem, um grupo muito legal com o qual os Cervabikers costumam pedalar de vêz em quando.


Graças a Deus, todos nós chegamos intactos ao final da descida daquela trilha. Nosso amigo Capivara bem que tentou fazer a descida sem utilizar os freios, mas não conseguiu. Este feito cabe somente ao mais destemido membro do grupo, o Magoo.


Entramos então na parte considerada mais leve da trilha, cercada de “calípios” e agradávelmente sombreada. Desconsiderando os aclives, pois também tivemos bons declives, tudo estava correndo muito bem, até que nosso amigo do outro mundo, o Chico Xavier, começou a reclamar de dores musculares. Alias, ele já estava apresentando uma certa irritação com os demais companheiros, pois a todo momento alguém lhe dizia que já estávamos chegando ao destino e só o que se percebia é que ficávamos cada vêz mais longe do mundo. Mas fazer o que? Se ele tentasse voltar sozinho, certamente iria se perder. Então, ele respirou fundo e foi em frente.


Mas não teve jeito, tivemos que dar uma paradinha mais longa para descanso, afinal todos estavam cansados. Foi ai que fomos atacados impiedosamente por gigantescas muriçocas, que a todo custo tentavam levar nosso precioso sangue. Não bastasse isso, agora foi a vêz do Perinha, dizer que não estava conseguindo ficar parado, pois seus pés, estranhamente doíam. Conclusão, tivemos que correr das muriçocas e não podíamos mais parar em função das dores do Perinha. Um, Chico Xavier, reclamava de pedalar e o outro, Perinha, reclamava quando parávamos. Durmam com um barulho deste...

Quanto mais aproximava-mos da cachoeira, mais difícil se tornava o caminho. Daquela bem cuidada estrada de terra, entramos finalmente no caminho que nos levaria a tão aguardada cachoeira da escadaria.

Chico e Perinha foram a loucura, quando adentramos em seu trecho final.

Até mesmo Carlos Drumond de Andrade se surpreenderia com o que estava por vir. Não havia uma pedra no caminho, mas havia sim uma tênue linha no meio de uma imensidão de pedras. Havia chovido durante a semana, e o nosso caminho se transformou em um verdadeiro teste de resistência e até, porque não dizer, de sobrevivência. Afinal, o risco de uma queda com graves consequências era iminente.

Não tínhamos como recuar. Nossa honra estava em jogo, e não seriam aquelas pedras que nos impediriam de chegar a PQP. Lembramos do ditado que diz que só se alcança o paraíso com muito suor e que pedras fazem parte do caminho.

Foi decidirmos ir em frente e alguns metros depois o Chico disse que não tinha mais como continuar, pois sentiu uma fisgada no músculo de uma das pernas. Mais alguns metros, foi a outra perna. Já não tinha mais controle sobre elas e estava com uma enorme dificuldade para continuar, até mesmo a pé.

Magoo, num ato de solidariedade ao amigo, passou a acompanhá-lo. Na verdade o Magoo estava era exausto e se aproveitou da fragilidade do Chico para justificar sua baixa performance.

Pedras, suor, dor e muriçocas não foram suficientes para abalar nossa determinação e finalmente...A Cachoeira da Escadaria, lá na PQP...




A emoção e a alegria foram contagiantes...Todos queriam desfrutar daquela abundante beleza natural. Thiago foi direto para a água, que aliás estava muito gelada. Magoo tomou posse de uma verdadeira poltrona no meio do lago formado pelas aguas da cachoeira, Capivara já se imaginou como o “Caratê Kid; Chico Xavier entrou em transe e só meditava sob as sombras daquele deslumbrante cenário; Enéas era só sorrisos e não cansava de dizer o quanto tinha valido a pena tanto sacrifício. Perinha, sempre centrado, em silêncio contemplava aquele belo pedaço do paraíso.

Alguns certamente podem discordar quanto aos desafios e obstáculos encontrados para chegar a “cachoeira da escadaria”, porém temos certeza que ninguém questionará a beleza e o encanto do local. Vale a pena conhece-la.

Recarregadas as baterias, é chegada a hora de iniciar-mos o retorno, que por sinal, não seria diferente em termos de dificuldade e desafios.

Em uma pequena descida, Chico caiu com sua Treck em uma vala e ai veio o pior...ralou uma de sua pernas.

Agora sim, além da dor, do suor e das pedras, temos também sangue derramado no caminho...

Percebam, caros aficionados do pedal, o quão penosa foi esta nossa aventura.

Como se não bastassem as dificuldades naturais, erramos o caminho de volta. Magoo e Chico, empurrando suas bikes por quase 2 Kms, são surpreendidos com nosso amigo roedor descendo a ladeira berrando, com sua voz inconfundível: Volta, volta!!! O caminho está errado...

O Chico, naquele momento, só não chorou porque já não tinha mais forças para isto. Olhou para Magoo e disse: Não vou conseguir voltar, não estou mais aguentando...

Não tinham o que fazer a não ser voltar. A sorte é que agora iriam descer toda aquela distância que haviam subido empurrando suas bikes.

Sofremos, mas conseguimos vencer mais uma difícil etapa de nossa aventura. Chegamos a portaria da Fazenda.


Foi um alívio geral, como se tivéssemos atravessado o deserto do Saara, sem água, e chegamos a um oásis...

A partir deste momento tudo seria diferente. Sorrisos novamente surgiram nos belos rostos de todos cervabikers. Já nos sentia-mos em nossas casas, pois até Brigadeiro Tobias seriam somente descidas, com muito pouco esforço físico demandado.

Finalmente, é chegada a hora de nossa reidratação, e o local escolhido foi o Bar Santíago, um de nossos patrocinadores. Infelizmente a bateria de nossa, ou melhor da máquina de tirar retrato do Capi, se esgotou e não foi possível fazer o registro deste momento tão agradável e que faz parte do estatuto deste que é, com certeza, o grupo mais unido e irreverente de bikers de nossa cidade.

Com um completo rodízio de cervejas, acompanhado de duas generosas porções de mignon a parmegiana e muita descontração fechamos mais uma agradável aventura.

Caros Cervabikers, para fechar meu coração, um grande abraço à todos e saibam que é uma enorme satisfação tê-los como amigos.

Vamos para o próximo, e que Deus nos abençoe.

Magoo

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pró-Vida – 15/11/10

Nesta importante data cívica e depois de terem rodado cerca de 57 km no passeio anterior, Enéas e Capi se juntaram ao Casal 19 para explorar as belezas naturais próximas ao Pró-Vida.

Mas quem faz parte deste “Casal 19“ e quem não é dez nesta dupla ???

Este é o casal mais bem humorado do ciclismo nacional: Osmar e Nadia, que fez a sua estréia nos Cervabikers. Osmar é meio fresco, mas é meu amigo! (respondi quem não é dez?)

Capivara partiu de Jundiacanga e Enéas e o Casal 19 partiram de Sorocaba para se encontrar próximo ao Pró-Vida. Só para variar pararam na “Padoca” para comer o “pão na graxa”. Vejam que “bunitinho” o Enéas fazendo biquinho !!!

Depois deste pequeno breakfast eles partiram para mais uma aventura no campo.

Depois de pedalar pela região, Osmar, com seu espírito desbravador, sugeriu visitarmos um alambique local. A placa dizia que o local ficava à 200m, no entanto pedalamos mais de 1 Km pirambeira abaixo até chegarmos.

Como já dizia o Perinha: É o que viu !!!! Realmente seria difícil de acreditar que no meio do nada iríamos encontrar uma instalação tão bem cuidada e muito visitada pelos turistas locais. Tinha até um tonel de 15.000 litros da mais pura cachaça caipira e a deliciosa pinga canelinha.

É amigo da Globo!!! Cervabiker também degusta uma pinga !!!

Depois de acompanhar o pessoal até a estrada de Salto (próximo a Ufscar) , Capivara foi lembrado que havia esquecido seu capacete no alambique. Nosso herói roedor teve então que retornar para tomar mais uma dose antes de regressar para Jundiacanga.

Foram mais 50 Km bastante animados, Ihhhiccc !!!

Aparecidinha – 13/11/10

Naquele Sábado nublado e preguiçoso somente alguns Cervabikers estavam mais uma vez presentes na praça Lions . A questão era: Para onde ir ? O Beto havia sugerido Aparecidinha, mas cadê o Beto ?

Estavam presentes Capivara, Thiago, Juninho, Paulo Pimenta, Pedro e Enéas. Depois de muita discussão acabaram decidindo ir para lá para degustar as delicias da feira ao lado da padaria Explosão. Foi uma pedalada leve e no caminho encontraram com o pessoal que acompanha o Casal 20. Só descobriram que eles estavam rumando para Inhaíba quando desapareceram depois do primeiro “top” na terra. Depois de mais alguns “topezinhos” poeirentos finalmente chegaram ao centro de Aparecidinha que abriga a tradicional feira de Sábado. Mais uma vez a foto oficial na frente da padaria. Capi, Pimenta e Pedro partiram para ignorância e “mataram” um “pastér com garapia”

Depois dessa re-energização os bravos e destemidos Cervabikers rumaram para Sorocaba sem desconfiar do que estava por vir.

Era o cenário perfeito: tempo ameno, paisagem agradável , conversa animada e muita disposição, mas algo cruel estaria para ocorrer.

O famigerado pastel, ou talvez a “marvada” garapa, preparada com cana de procedência duvidosa, começou a fazer as suas primeiras vítimas: Pimenta e Pedro estavam “descarburando” de forma frenética. No caminho de volta, o agradável perfume da natureza foi substituído por um cheiro de beira de refinaria de álcool. Inevitavelmente ninguém queria ficar atrás dos dois moribundos. O Pedro acabou “chamando o Hugo” o que tornou a sua aventura inesquecível. Somente Capivara, com seu estomago de roedor, não sofreu nenhum tipo de seqüela e ainda foi com o Enéas para mais um happy hour regado a muita cerveja e porções.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Festas de Lançamento da Camisa Oficial dos Cervabikers

Finalmente a tão aguardada camisa oficial dos Cervabikers ficou pronta e para comemorar os bravos integrantes deste irreverente time realizaram o evento de entrega no Bar Santiago (próximo à Churrascaria OK). Um a um, cada integrante foi recebendo e vestindo com orgulho a tão sonhada camisa que reflete em seu design moderno e visualmente elegante todo o espírito de amizade, companheirismo e vontade de pedalar.

Ser Cervabiker não significa somente pedalar todo Sábado pela manhã e sim fazer parte de um grupo de amigos irreverentes e que adoram um happy hour.

Para provar este fato o evento contou com a presença de toda a família. Estavam presentes os seguintes personagens: Pimenta e namorada, Osmar e Nádia, Pêra e a dona Pêra, Cleber, Thiago, Enéas, sua esposa e filha, Capi, dona Capi e as Capivarinhas, Beto e família e os atrazadinhos: Big , Galo, Magoo e dona Magoa.

Foi uma tremenda festa regada a muito chopp e com as freqüentes poses para as fotos dos Cervabikers, o que agitou bastante a noite no Santiago.

Na manhã de Sábado todo mundo estava meio de porre e com sono, porem preparado para a longa jornada até Jundiacanca (cerca de 30 km) onde seria realizado o churrasco em comemoração ao lançamento da camisa oficial.

O tempo estava meio assustador mas os corajosos e destemidos (eu diria sem noção) Cervabikers decidiram: Vamos de bike mesmo!!!! Logo após esta frase caiu um tremendo pé d’água, o que nos forçou a procurar um abrigo no túnel da pista de caminha da marginal.

Depois disto foi só água. A medida que nos afastávamos do centro, a chuva aumentava. Na estrada de Salto começou um tremendo vendaval (aquele que derrubou 2 balões em Boituva).

Era chuva e ventos muito fortes, mas nossos bravos e destemidos heróis não esmoreceram e conseguiram chegar tremendo de frio e com a gloriosa camisa toda encharcada até a Universidade do Cavalo. Era chegada a hora da tradicional foto, pois Cerva que é Cerva tem diploma nesta universidade !!!

Não bastasse toda a dificuldade, começou a trovejar e ai Osmar falou : - Ih pessoal , eu não gosto muito quando começa a trovejar !!! Já o Enéas , mais otimista, falou: - Que nada, eles tão tirando foto da gente lá no céu !!!
Como a chuva e o vento estavam muito fortes, decidimos comer a estrada para chegarmos logo, pois o Perinha não parava de falar: - Falta muito papai Smorphy ???
Cerca de 2 Km antes do Pró-Vida a bike do Pedro parou e todos foram verificar o que havia ocorrido. O suporte do cambio traseiro havia quebrado. O Pimenta até tentou fazer uma gambiarra para continuarmos até o centrinho de Jundiaquara mas não teve jeito: Tivemos que “empurrar o Pedro em sua bike por cerca de 2 quilômetros. É lógico que só o Thiago e o Paulo que agüentaram empurrá-lo por mais tempo. Capi, Enéas e Magoo deram uma rápida ajudazinha.
Chegando no centrinho de Jundiaquara fomos parar para comer o famoso pão na graxa da “Padoca” (também conhecido como pão na chapa da padaria). Todo mundo estava com muito frio e completamente encharcado, porem a alegria, o moral e a motivação ainda estavam altos, mesmo com todos os percalços da jornada.
Enquanto estávamos na Padoca o Pedro foi procurar uma bicicletaria perdida no meio do nada para tentar arrumar sua bike. Ainda faltavam 8 km para chegarmos à nosso tão sonhado paraíso. Por mais incrível que possa parecer achamos um especialista neste tipo de problema e que ainda tinha um papagaio que se apaixonou pelo Perinha e sua blusa verde limão.



Como já estávamos muito atrasados para o evento decidimos nos dividir em dois grupos e rumar imediatamente para o local para já ir preparando o famoso churras.
No caminho encontramos uma paisagem deslumbrante acompanhada de muito barro. Segundo o Osmar e o Perinha, o Capivara parecia que tinha se cagado todo e que inclusive havia desafiado a gravidade porque toda sua costa estava coberta pela pasta marrom. Não podemos esquecer que capivara gosta de um barranco, barro e muita água.
Alguns minutos depois de nossa chegada os nobres colegas: Magoo, Enéas, Paulo, Pedro e Thiago chegaram muito mais sujos e encharcados do que nós.
Depois disso foi só alegria , cerveja e muito papo legal. O Juninho mandou muito bem na churrasqueira e a carne não parava de sair o que o deixou maluco.

Este é o verdadeiro espírito dos Cervabikers. Eventos como este ficarão guardados em nossas memórias por muito tempo e vão cada vez mais solidificar a amizade e o companheirismo entre os integrantes e suas famílias deste valoroso e vibrante time.

Vida eterna para os Cervabikers !!!!!