segunda-feira, 14 de março de 2011

Capivara´s farm 05/03/2011 – 08:00 as 17:30 - 55Km

Pessoal, estão pedindo insistentemente para que eu escreva mais este relato. Eu disse que não estou inspirado, pois já deveria estar gozando de minhas férias e até o momento não consegui sequer dormir até mais tarde.
Graças a Deus, confesso que gosto muito do que faço, e não tenho o direito de reclamar. Mas para a próxima semana, quero estar mais focado nas atividades extra profissionais.

Pois então...

Saímos 8:00 da Praça Lions. Eu (Magoo), Paulo Pimenta (PP), Luciano (sem apelido ainda), Daniel (Enduro da lua) e casal 10 (Celso e Aline). Para quem ainda não sabe, eu sou o Magoo, também conhecido pelos mais íntimos como William Tadeu.

Na frente da Valec, nos esperavam o Rui Bevevino (Perinha) e o Enéas Melo (Chimbinha).

Como nosso destino já havia sido definido durante a semana, nosso amigo Rui Rondelo (Capivara) nos esperaria, confortavelmente, na bela sede de sua fazenda (ou latifúndio improdutivo) no bairro do Jundiaquara, em Salto de Pirapora.

Por se tratar de um final de semana prolongado, devido ao carnaval, algumas baixas foram sentidas nesta pedalada. A saber: Osmar (Geléia, Osmartreinado, etc...), Rodrigo (BIG), Thiago (Coil), Pedro (também sem apelido), Michele (Penólope), Roberto Zwerkovoski (Skavuska), Carlos Oliveira (Galo da madrugada) e do Cleber (Jean Spinning).

Blá, blá, blá...
Blá, blá, blá...

O tempo prometia chuva, e o Perinha como não poderia deixar de ser, foi devidamente trajado para o passeio, com sua capa de chuva padrão Telefonica. Em um determinado momento, chegou a se camuflar junto a um orelhão na beira da estrada do Itinga. PP estava invocado com o Perinha pelo fato do mesmo não estar expondo nosso belíssimo uniforme. Foi uma pressão tão grande, que o Perinha sucumbiu e emprestou sua capa amarela Telefonica para a Aline, que estava resfriada. Belo gesto Perinha!!!


 

Enquanto no “asfartchio” tudo corria bem. Todos limpinhos, cheirosos, e de cabelinho arrumado...
Mas claro, ninguém pense que este cenário se repetiria por todo percurso... Não foram nem alguns kms adiante e deparamos com um enorme atoleiro, daqueles que somente os mais bem treinados bikers são capazes de enfrentar e vencer...
Moleza para os Cervabikers...Só para vocês terem uma idéia, no fundo do atoleiro havia dois tanques de guerra, uma carreta de madeira, um fusca 63 e um corcel II, ano 1975, novinho.



Ultrapassado este primeiro mortal desafio, deparamos com um senhor, de chapéu e com a família, estacionado com sua Parati, frente de Durepoxi, logo adiante de nós.  Como se trata de uma estrada rural e estreita, comentamos sobre o gesto gentil daquele senhor, que aguardava nossa passagem. Cena assim é pouco comum. A maioria não nos respeita, ou passa jogando barro, ou passa levantando poeira.

Quando chegamos até aquele senhor, evidentemente agradecemos pelo seu gesto.

_” Muito obrigado senhor por ter aguardado nossa passagem. Gesto muito gentil de sua parte.”

Foi aí que tivemos uma grande surpresa...Olha só a resposta do senhorzinho de chapéu em sua Paraty frente de Durepoxi...

_” Tava aguardando ocêis não fio...Tô preocupado caquele enorme caminhãozão que tá vindo feito loco, e este aqui é o único lugar que acho que vai dá prá ele passa sem pegá nóis... Melhó ocêis corre que pelo jeito ele num vai para e vai passa por cima doceis...”

Olhamos para trás e vimos um enorme caminhão baú em nossa direção, jogando lama e dançando pela estrada...Não deu nem tempo de xingar o véinho...Aceleramos as pedaladas e conseguimos um lugar seguro para dar passagem ao caminhão. O Perinha estava preocupado com o texto, pois esta passagem não poderia deixar de ser postada. Está de acordo Perinha?

Passado o susto. Parada para o batismo do casal 10 e do Enduro da lua, na mais famosa e conceituada universidade da região...Para alegria geral, os três passaram no vestibular e também pelo tradicional trote, que alias, é permitido e incentivado nesta universidade.


 

Parabéns aos nossos recém matriculados amigos. Vale sempre lembrar, que caso algum interessado não passe neste vestibular, que existem turmas especiais para burros, mulas, asnos, jumentos e afins.

O dia estava muito agradável, nem quente e nem frio, muito propício para um típico aperitivo regional. E lá fomos nós, os bravos e destemidos Cervabikers, apreciar uma cachaça com melado de cana e um alambique local.

 

Neste local, são produzidos, artesanalmente, vários tipos de destilados de cana. Particularmente, gostei de todos, principalmente da “Canelinha”, justamente a que contém cachaça pura com melaço de cana. Vale a pena experimentar.




O local é muito interessante. Bucólico, como diria o Capivara. O Alambique é rústico, e ao que nos pareceu, é muito freqüentado por aqueles que apreciam uma boa cachaça. Muitas pessoas, inclusive de outras localidades visitam o local. Segundo o Sr. José, proprietário, toda produção é vendida, principalmente para os paulistanos.

Mas vamos pedalar...Este foi apenas o aquecimento para o que nos aguardava nas terras improdutivas Capivarescas.


Não que a “mar dita” tivesse alterado nossa irrepreensível conduta, mas...uma parada na padaria “Stella fresca” estava se apresentando muito oportuna.

Já é tradição em nosso grupo uma parada nesta padaria, do bairro Jundiaquara, todas as vezes que pedalamos por esta região. Sempre tem um pãozinho fresco, com manteiga, acompanhado de um pingado. Muito bom...

Na verdade, como vocês poderão observar, o nome da padaria é apenas Stella, mas um patrocinador, acabou por incorporar sua marca ao nome da padaria. É comum ver o seu Antonio, proprietário do estabelecimento, sentado em sua cadeira recepcionando seus clientes.
 

Para aqueles que pensam que os Cervabikers só vivem de cerveja, isto não é totalmente verdade. Às vezes, também consumimos café, leite e pão. Mas não confundam, isto é só para assentar melhor a cerveja depois...

Vamos continuar as pedaladas...Mas antes, mais uma parada obrigatória na frente do “Pró Vida” para as fotos dos novatos. Lembrem-se: “Se não estiverem preparados, vocês não podem ir para o “Pró Vida”. O lugar é bonito, agradável, mas é longe para os despreparados.

Reparem só que graça a pose do Enduro da lua.



Mais algumas pedaladas....


Agora falta pouco para chegarmos as terras improdutivas da família “Capivara”. O desgaste é grande, mas o cenário compensa o esforço. Que região agradável para se pedalar!!!


Olha pessoal!!! Pedalamos bastante, mas nada de sofrimento. O dia estava realmente muito convidativo para um passeio como este e assim, finalmente chegamos ao “Latifúndio Improdutivo” da família Capivara.

Fomos carinhosamente recebidos, mesmo que com os portões fechados, pelo casal Sansão e a Diana Que casal animal este que nos recepcionou....Com seus rabos em pé, festejaram muito nossa chegada.




O casal Capivara havia levado suas capivarinhas para passarem o feriado de carnaval em uma fazenda na vizinha cidade de Tatuí, terra da famosa atriz Vera Holts. Alguém conhece?

Como os Cervabikers possuem informantes em todo o globo terrestre, flagramos alguns momentos de descontração da família capivara em Tatuí.


Apesar de um pequeno atraso, perfeitamente compreendido pelo grupo, os senhor e senhora Capivara, como sempre nos recepcionaram muito bem. A Cristina (Dona Capi) foi logo limpando a área, literalmente falando, com a minha ajuda, é claro.

Antes, já havíamos passado em um depósito de bebidas para abastecermos nosso reservatório, também conhecido como geladeira, da mais gelada e saborosa Skol.  Foi uma caixa somente de entrada.

Fomos ainda até um açougue, localizado no próprio bairro, onde adquirimos nada mais nada menos que: 3 Kg da mais macia e uniformemente encapada picanha, 2 Kg de um contrafilé que para ficar mole precisava estar um pouco duro e 2 Kg de uma lingüiça que somente é encontrada neste açougue. Sem brincadeira pessoal!!! Se quiserem apreciar um churrasco da melhor qualidade, é só comprar a carne no açougue “Plens”, lá do bairro Jundiacanga. Muito bom...de novo...

Carne comprada, cerveja gelada, área da varanda limpa e começamos nossa confraternização...
                                                                                                                                                         
PP, que além de nosso mecânico oficial, também exerce a função de “Mestre Cervachurrasquístico” foi logo tomando sua posição no gride de largada.

_” Não se preocupe nobre PP, a posição na churrasqueira sempre será sua. Ninguém mais detém tanta habilidade nesta posição”.

Havia outro motivo especial para esta confraternização. O Enduro da lua recebeu sua tão aguardada e merecida camiseta dos Cervabikers, e pela primeira vez, estava adequadamente trajado para um evento de tamanha magnitude.  O casal 10, também estava debutando neste restrito evento. Pena não comparecerem o Osmar, o Thiago, o Cleber, o Beto, o Galo, a Michele, o BIG e o Cleber. Quem sabe no próximo.

Há também de se relatar, que quem não compareceu, perdeu o Magoo contando a piada do louco, autor de livro.
 
 Neste evento também observamos um ato de extrema solidariedade e carinho com os animais, proporcionado pelo bom coração do Enduro da lua.

A cachorra do Capi, que chamamos de Diana, estava com um ferimento no traseiro e certamente estava sofrendo muito com isto. Nosso amigo Enduro, com muita paciência e habilidade, efetuou o devido tratamento trazendo de volta o sorriso ao focinho da Diana.

Enquanto o Enduro cuidava da Diana, Perinha procurava tranqüilizar o Sansão. Certamente estava explicando a ele sobre os riscos daquele procedimento cirúrgico e seus futuros benefícios. Confesso que desconhecia este lado “psicologistico” de nosso amigo Perinha, tão louvável e importante quanto do Enduro.


Pessoal!!! Prá fechar...

Mais
Blá, blá, blá...
Blá, blá, blá...

Comemos e bebemos. Demos muitas risadas, como já é comum quando nos reunimos.

Tudo muito bom, todos muito bem, mas...Chegou, mais uma vez, o momento de retornar para nossos lares.

Desta vez, todos retornaram peidalando em grupo. Foi uma emoção ouvir o barulho das peidaladas pelo caminho.

Obrigado a todos, principalmente ao casal Capivara e ao Sr. José, do Alambique.

Que Deus nos permita uma próxima pedalada tão agradável quanto esta.

Abração.

By Magoo







Um comentário:

  1. William Tadeu (Magoo)21 de março de 2011 às 09:10

    Esqueci de comentar sobre os talheres saltitantes...
    Toda vêz que havia um comentário sobre aqueles que não participaram do evento, os talheres sobre a mesa saltavam sem nenhuma justificativa aparente..."Jabulani"...
    Não preciso nem dizer que só estavamos fazendo comentários extremamente positivos sobre os faltantes...

    Abraço.

    Magoo

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