Há muito tempo um fato vinha perturbando os destemidos Cervabikers®: Por três vezes havíamos abortado a missão de chegar até o restaurante do Vagão em Piedade. Tudo pela absoluta falta de tempo e o pelo chamado, sempre muito mais forte, da Hidratação que consome bastante tempo dos heróicos ciclo-etílicos. Mas desta vez faríamos o que fosse necessário para chegar até o lugar. Nada nos impediria de vencer mais este desafio. Nem mesmo o cruel pau de macarrão das donas patroa poderia amedrontar os motivados e corajosos Cervabikers®.
O trajeto foi sugerido pela Edna, uma de nossas convidadas especiais para este passeio, que junto como Claudia (que já está praticamente integrada ao nosso time), alegraram bastante o passeio.
Infelizmente poucos Cervas bateram o cartão naquela manhã: somente Osmar, Coil, Enéas, Perinha e eu, que não apareci na foto porque estava fazendo a cobertura “fotograficabilista” do evento. Alguns amigos presentes no local contestam esta versão, afirmando que eu estava com medo de apanhar da dona Capi. É evidente que se trata de uma calúnia por parte deles. Vejam que, mesmo o nosso destemido amigo Perinha, guarda uma distancia de segurança da Edna, para não ter problemas em casa.
Partimos para a nossa missão quase impossível após este primeiro registro. Logo no início nos encontramos com o Gusmão e sua esposa que foram habilmente convencidos a vir conosco em mais esta aventura. Neste momento eu cheguei a acreditar que estávamos naquele programa de entrevistas “Os Cerva® Convidam”, pois tinha mais convidado que integrante.
Osmar e sua câmera Go-Pro gravavam cada detalhe do percurso enquanto desfilávamos lentamente pela pista de ciclismo até chegarmos a Votorantim e subirmos a 31 de Março (Isto já está ficando repetitivo. Vão falar que os Cerva® adoram escalar esta avenida).
Qualquer dia destes aprenderemos a baixar os vídeos do Osmar e apresentaremos no blog para vocês amplamente visualizarem.
Seguimos então pela terra, na já conhecidíssima trilha para Jurupará. Os Cerva®, com seu tradicional cavalheirismo, se revezavam para escoltar a Claudia e a Edna. Somente o Osmar decidiu escoltar o Gusmão. Seria também mais um sintoma do temível mal do homem casado: medo do pau de macarrão?
No meio do pedregoso e esburacado “topezinho” de 2,5 km encontramos um pequeno grupo de ciclistas com problemas com um pneu furado. Eles estavam sem o adaptador para câmaras com bico fino e não estavam conseguindo encher o pneu.
Como o Paulo Bombada não estava presente, Capivara e Thiago ajudaram o grupo a resolver o problema, porem já sabíamos que a velocidade não seria o ponto alto do socorro. O tempo passava cruelmente, o que poderia comprometer o sucesso da missão. Decidimos dividir o time: enquanto tentávamos resolver o problema, o resto do pessoal rumou colina acima para não atrasar ainda mais o meticuloso planejamento realizado. Ainda tivemos tempo de zoar a Edna que ao ver uma bike com pneu branco, acreditou na explicação do Enéas de que somente as bicicletas de carbono vinham equipadas com este composto único de pneu (construído com o mais puro Zirilium).
Resolvido mais este percalço, partimos velozmente para encontramos com pessoal que já estava entediado de nos esperar na famosa lagoa das pedras, no cume da colina.
Deste ponto para frente partimos para um fantástico downhill de cerca de 2 km. Pedalamos mais alguns quilômetros e chegamos a uma bifurcação, onde o Osmar e o casal Gusmão seguiram para a esquerda, rumando em direção à rota “Volta Olímpica” e nós seguimos para a direita, buscando finalmente completar nossa missão.
Capivara, Coil e Enéas acompanhavam a Edna, que foi obrigada a ouvir todo tipo piadinhas e conversa fiada, enquanto Perinha, muito mais atrás e longe do alcance de nossos olhares e ouvidos, escoltava a Claudia pela tenebrosa floresta.
E assim foi até chegarmos à estrada que liga Votorantim a Piedade, onde escalamos uma “subidinha progressiva safada” e paramos na frente do portal de Piedade. Desta vez fui eu e o Coil que escoltamos a Claudia para que o Perinha não fosse acusado por dona Pêra de excesso de zelo pelas nossas convidadas. Vejam que os Cervabikers® são fraternais até mesmo nesta difícil missão de escoltar nossas convidadas sem se comprometer.
O restante do caminho foi muito mais tranqüilo e rapidamente chegamos ao nosso tão sonhado objetivo, o Restaurante do Vagão em Piedade, onde fizemos uma grande seção de fotos. Vejam que a Claudia estava exausta e com uma terrível dor no joelho no momento da foto. Podemos notar nas fotos que a calça do Enéas é idêntica a da Edna. Talvez seja um modelo unissex, talvez não...
Podemos ver que Perinha e Coil eram avidamente aguardados pela Branca de Neve e os 5 anões para finalmente completarem o elenco desta importante fábula.
Neste momento da aventura estávamos sedentos pelo líquido dourado milagroso. Não seria possível retornar sem uma hidratação adequada ao tamanho deste desafio. Adentramos ao famoso vagão e tomamos posição para mais um happy hour. Por sinal o local foi totalmente aprovado pelos Cervabikers®. Tudo estava muito bom e o papo estava tão legal que acabamos por revelar o significado de algumas palavras de nosso dialeto secreto, tais como: “relatório”, “radião”, “tocão” e “sarcófago”. É importante registrar que todas estas palavras foram criadas pelo Perinha que é um brilhante mestre codificador de mensagens. Ele não autorizou a divulgação destas informações no nosso Blog, pois somente um freqüentador assíduo de nossos pedais poderá ter acesso a informações tão confidenciais.
A “bagaça” estava tão animada que Capivara não percebeu quando Perinha colocou algo em sua cerveja. Vejam que os olhares e sorrisos de Perinha e Claudia não deixam dúvidas de que nosso amigo roedor fora dopado. Ele começou a se comportar estranhamente, quase como se estivesse ligeiramente alcoolizado, rindo a toa, soltando frases de efeito e piadinhas sem graça (Há quem diga que ele só estava tentando suprir a incrível falta que nosso grande e hilário amigo Magoo estava fazendo). O fato é que ele ficou bastante alegre e meio desequilibrado, mas mesmo assim os impiedosos ciclistas partiram rumo a Sorocaba. Será que Capivara conseguiria retornar para seu barranco Sorocabano sem tomar nenhum capote?
Para surpresa de todos nosso herói Capivarento estava mais elétrico do que nunca. Não havia subida suficientemente forte para segurar o cascudo mamífero roedor. Na descidas então, só se ouvia um grito:
Jerôônimoooooo!!!!! Era o Capivara passando velozmente e completamente sem noção do perigo.
Voltamos por Jurupará porque todos queriam experimentar o incrível downhill de 2,5 km de Jurupará reverso. Que começa logo depois da lagoa das pedras.
Capivara partiu feito um doido, a toda velocidade e seguido de perto por Coil que pelo jeito também parecia ter sido dopado pelo temível Perinha.
Foi pura adrenalina e falta de noção, mas felizmente tudo terminou bem e sem ocorrências até chegarem à estrada de Votorantim próximo a entrada da fábrica da Votoram.
Ao chegar ao centro de Votorantim e para comemorar mais este feito, fomos até o Bar Caneca Gelada, onde fizemos mais uma Hidratação regada a muita cerveja e costela. O tradicional brinde (criado pelo Enéas) foi mais uma vez erguido: “As nossas qualidades que não são poucas e aos nossos defeitos que não são muitos”.
Foi um dos passeios mais agradáveis e animados que já fizemos. Parabéns as meninas que souberam suportar nossas brincadeiras e mantiveram o astral sempre muito alto e as donas patroas que bateram pouco por termos chegado as 19:30 hs em nossas casas.
By Capivara
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