quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Restaurante do Vagão - Piedade - 26/11/11 - 90 km - Das 8:10 até 19:00


Numa bela manhã de sábado lá estavam os bravos ciclo-aventuristas concentrados no democrático QG dos Cervabikers®. Desta vez se apresentaram para mais uma grande aventura, da esquerda para a direita: Leandro, Clovis, Sam, Coil, Luciano, Capivara, Perinha, Enéas, Aline e a Claudia, (a fotógrafa).
Depois da tradicional seção de troca de fofocas, novidades semanais e fotografia oficial, partimos em direção a Votorantim para depois derivar pela estrada de Jurupará. Desta vez decidimos também fazer um pequeno desvio para passar pela fábrica da Votoran em Santa Helena.

No caminho ainda encontramos um ciclista (camiseta branca nas fotos abaixo) que, ao ver um bando de tiozinhos barrigudos pedalando sem destino, achou que não iríamos muito longe e decidiu nos acompanhar. Mal sabia ele que estava adentrando ao mais cascudo e determinado time Sorocabano de ciclistas de idade e meia. Alguns quilômetros à frente, o rapaz percebeu que não era brincadeira quando falamos que iríamos até Piedade e acabou desistindo e retornando para sua casa alegando compromissos inadiáveis.
Este caminho era muito sinistro e passava pelo o que seria o suposto set de filmagens do filme Crepúsculo.




Não fomos atacados por vampiros fashion, mas sim por um enxame de mutucas sanguinárias. Fugimos desesperadamente daquele local amaldiçoado, porém as mutucas estavam nos seguindo ávidas pelo nosso sangue que ainda estava com baixo teor alcoólico. Na estradinha de Jurupará estávamos sendo cruelmente atacados e como não temos sangue de barata, acabamos matando umas 10 mutucas até chegarmos ao topo da colina. O Perinha visivelmente assustado com os ataques, não parava de repetir que eram as mutucas de estimação do Capivara que nos seguiram por quase 4 Km.

Não podemos deixar de mencionar que nosso amigo Enéas completaria 3.000 km no ano, caso este passeio ultrapassasse os 74 km. O clima era de pura festa quando iniciamos um longo downhill rumo ao bairro de Jurupará. Não é necessário mencionar que a velocidade média na descida foi pelo menos 2 vezes menor do que de costume, pois todos ainda estavam abatidos com o acidente do Magoo - nosso mais ilustre integrante - e conscientes dos perigos e conseqüências que um tombo pode causar.
Depois de alguns quilômetros rodados na terra chegamos ao famoso barzinho de beira de estrada, onde degustamos uma Taubaína de garrafa.
Depois desta rápida parada partimos com destino a estrada de Piedade, pois nosso ritmo estava muito lento e estávamos muito atrasados. O Clovis e Leandro decidiriam retornar deste ponto porque os alvarás já estavam vencidos e todos sabem o quanto doe um pau-de-macarrão.
Mal sabiam nossos heróis que mais 4 contratempos atrasariam ainda mais esta aventura:
1° Contratempo: Estranhamente Perinha e Aline se perderam no caminho do barzinho até a estrada de Piedade e demoraram mais de 30 min para achar a rota correta – Huumm, isto precisa ser apurado, ehehe!!!

2° Contratempo:  O pneu escama de bode careca, da bike da Claudia,  fura no entroncamento de Piedade.
Graças a agilidade e precisão de Coil e Sam, este reparo tomou somente uns 15 min. Vejam que Claudia, além de não fazer nada para ajudar, ainda exige mais velocidade no reparo.
Agora faltava somente a longa subida progressiva da estrada Piedade-Tapiraí.  Nossos bravos heróis enfrentaram mais este desafio com grande astúcia. Coil, Capivara e  Enéas subiram num ritmo frenético, porém os demais integrantes decidiram fazer um “break” no meio da progressiva para descansar.
Depois de 48 Km percorridos, lá estávamos nós, no pitoresco restaurante “Estação Boca do Monte”, mais conhecido como “Vagão”.


Nosso grande amigo PP (Paulo Pimenta) veio especialmente para a Hidratação que também comemoraria os 3.000 km do Enéas.


Capivara ainda teve tempo de dar mais uma bola fora ao confundir a estatua de Mozart (que fica dentro do vagão) com a de Beethoven.
Depois de momentos muito agradáveis, porções deliciosas e de várias cervas trincando de geladas,  decidimos retornar para Sorocaba. Foi então que aconteceu o 3° Contratempo: O pneu da bike da Aline estava furado. Desta vez PP e Coil deram conta da missão, mesmo assim foram mais 30 min.



Já era 15:15 hs quando finalmente estávamos prontos para voltar. O tempo havia mudado bastante e uma tremenda tempestade estava se formando. Foi neste momento que fomos surpreendidos novamente: Claudia e Sam amarelaram e decidiram pegar uma carona com o PP que estava devidamente equipado com seu rack salva-mané-cansado.
Partimos desesperados para tentar evitar aquela tremenda tempestade. O retorno seria bem mais fácil, pois na ida subimos mais de 450 m e agora esperávamos bem mais descidas do que subidas. Rapidamente percorremos a estrada de Piedade e entramos (por sugestão do Capivara) na estradinha via Jurupará.
Infelizmente não temos registros fotográficos dos fantásticos acontecimentos que se seguiram.
4° Contratempo: Começou a chover na estradinha de Jurupará e o piso foi gradativamente ficando mais escorregadio e barrento. Como a chuva ainda estava fraca conseguimos manter um nível de pilotagem seguro, porém bem mais lento. Conseguimos percorrer cerca de 12 km nestas condições e quando estávamos à cerca de 3 km do final desta barrenta estrada, a chuva veio torrencial. Aí foi um verdadeiro show: Era barro para tudo quanto é lado, as bikes se encheram de lama a ponto de travar roda e marcha e formar enormes pelotas de barro nas forquilhas dos amortecedores dianteiros. As rodas estavam completamente encharcadas de barro e a estabilidade era zero, mesmo em velocidades muito baixas. A bike de Capivara começou a dar rabos de arraia até que o pobre roedor tomou um tremendo capote no barro. Como a velocidade estava muito baixa nosso herói atrapalhado nada sofreu. Aline declarou que jamais havia visto os Cervabikers® imundos desta forma. Tava todo mundo completamente marrom. Paramos inúmeras vezes para limpar o excesso de barro. Foram os 3 km mais demorados já percorridos,  mas foi uma experiência única.  Logo à frente, e já chegando na estrada de Votorantim, Enéas finalmente completou os 3.000km, com grande comemoração de todos os integrantes presentes e debaixo de um tremendo toró.
Tivemos que parar num posto para lavar as bikes e aproveitamos para tomar um banho de mangueira - no bom sentido é claro. Então, seguimos em frente passando pelo centro de Votorantim, nos despedimos do Enéas,  e seguimos para Sorocaba. A chuva havia parado e a ciclovia de Sorocaba estava seca, pois a chuva estava vindo para Sorocaba. Eu e o Perinha nos despedimos de Coil, Aline e Luciano e rumamos desesperados para casa, pois já era 18:20 hs. Quando chegamos a Armando Pannunzio mais uma tremenda chuva caiu e olha a Capivara molhada de novo!!!
Chegando em casa mais uma surpresa esperava pelo Capivara:




Vejam os detalhes da rota traçada até o GPS - mais uma vez - ficar sem bateria.
Rota Google Maps:  http://j.mp/rt2lY9
Que venham novos desafios barrentos e chuvosos!!!

By Capivara




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