Porto Feliz - 05/02/2011 - 90 km das 7:00 as 15:00 hs

Caros milhares de sequazes deste modesto e bem humorado blog...Já aviso que não vale a pena deixar de lêr mais um emocionante capítulo na história desta trupe de pedalfilistas: “A invasão dos Cervabikers a Porto Feliz”.

Pois é meus amigos!!! Os Cervabikers visitaram a charmosa “Porto Feliz”. Uma das mais importantes cidades na história da colonização de nosso estado”.

Como sempre sábado.  Diferentemente dos demais, neste decidimos nos reunir às 06:30h e em dois pontos distintos de nossa cidade. Parte do grupo se reuniu no Posto 10 da av. Gal.Carneiro e parte no local de sempre, ou seja, praça Lions.  Enquanto muitos ainda estão no aconchego de seus dormitórios nosso grupo já se preparava para mais uma nova e emocionante aventura.

No posto 10, estavam: Capivara, Pera, Thiago, Pedrão, Beto, Enéas, o ilustre aventureiro fantasma Brasilia (assim como aparece, do nada, desaparece)  e mais um novo integrante, Daniel, imediatamente alcunhado de “Enduro” pelo Perinha.

Na praça Lions se reuniram: Magoo, Big, Paulo Pimenta (PP) e dois novos integrantes, o casal 10, Alyne e Celso. Pena que faltou uma foto para fazer o registro.

O local definido para o encontro dos dois grupos foi a av Ipanema, em uma padaria em frente a igreja de Vila Angélica.

Neste momento, todos eufóricos e sorridentes, mesmo considerando que a maioria já havia pedalado mais de 5 Kms para chegar até o local, tendo enfrentado inclusive a desfalecente Paes de Linhares. Pera e Pedrão até ensaiaram um canto “tenorizado” para motivar o grupo, enquanto esperávamos por mais um integrante, o retardatário Luciano, padrinho do novato “Enduro”.

A partir daquele local, consideramos o inicio de nossa jornada a far, faraway Porto Feliz. Eram exatamente 7:40h  quando o grupo iniciou as pedaladas. Magoo e Thiago sairam pouco antes, pois precisavam calibrar os pneus e passar em um caixa eletrônico. Novidade!!!

Primeira parada: Cruz de Ferro. Foto oficial com os 14 integrantes do dia e 13 destemidos e determinados Cervabikers. Why 13? Because nosso bem arrumadinho friend Beto, não conseguiu visto de entrada para Happy Port. Esta foi sua justificativa. Na verdade ele retornou porque nosso amigo Osmarpreparado não foi.

Pessoal!!! Vamos pular todo sofrimento e obstáculos que enfrentamos para vencer a longa jornada, mas vamos destacar algo realmente impressionante e motivador que foi a determinação do casal 10 e do Enduro. O Celso e a Alyne, mesmo pálidos e exaustos, não desceram de suas bikes nem nos trechos considerados mais dificeis e o Enduro, fez o mesmo, porém com seu selim sem trava. Imaginem, senhoras e senhores, pedalar quase 50 Km com um selim solto...Isto é só para quem gosta realmente desta contagiante prática ecoculturista. Estes 3 merecem o reconhecimento e a insignia dos Cervabikers.

Sofrimentos a parte, graças a Deus chegamos ao nosso destino. Nem todos inteiros, mas chegamos...

Vocês podem até não acreditar, mas que é verdade é verdade!!!

Ao adentrarmos a bela cidade de Porto Feliz, nosso organizado grupo foi motivo de espanto e admiração por parte de sua simpática e acolhedora população”.

Parecia um dia de festa na cidade. Por onde os Cervas passavam a população, com seus olhos esbugalhados, parava para nos observar.  As mulheres da cidade foram a loucura com tantos ciclistas fisicamente tão bem escúlpidos...Nunca na história desta centenária cidade, berço das bandeiras desbravadoras de nosso país, ocorrera algo semelhante. Só faltou a banda marcial da cidade fazer uma apresentação especial, na praça da matriz, para nos recepcionar. Tivemos a convicção de que isto só não ocorreu porque não houve tempo suficiente para que seus integrantes afinassem seus instrumentos, afinal, chegamos de surpresa. Nem mesmo o prefeito da cidade sabia da nossa visita.

Não podíamos ouví-los mas certamente, em seus murmúrios, eles se perguntavam: _”De onde vieram tantos ciclistas tão bem preparados?”; _“Cervabikers? Será que são de outro país?; _“São tão bonitos...Será que estão filmando uma nova novela aqui em Porto Feliz?”_”E aquele gordinho!!! Também veio pedalando?” (Calma Big, eles estavam apenas em dúvida...)

Alguns, mais exaultados, queriam nos acompanhar. Infelizmente, sem preparo, não conseguiram.

Carros, motos, caminhões e ônibus circulavam pelas ruas e até buzinavam, pessoas entravam e saiam das lojas, atravessavam as ruas, donas de casa varriam suas calçadas, comerciantes negociavam em seus estabelecimentos, padres rezavam missas nas igrejas....Imaginem que cenário meus amigos!!! Tudo isto por onde os Cervabikers passavam...

Quando paramos em uma bicicletaria para consertar o selim do Enduro, uma multidão de aproximadamente 2 pessoas veio ao nosso encontro para perguntar de onde eramos e ainda aproveitaram para consertar suas bikes também. Fantástico...Nunca fomos tão bem recepcionados assim em nenhum outro lugar do mundo por onde passamos.

Após alguns “pegue às dereita”, “dobre às isquerda”, com “R” bastante carregado (tipico de nossa região) chegamos a entrada da famosa gruta do “Parque das Monções”.

Logo na escadaria, que dá acesso ao parque, deparamos com um fotógrafo que estava de prontidão nos aguardando. Tá certo que era o pai do BIG, mas isto foi apenas uma casualidade. O importante é que está aqui o registro de nossa meta cumprida. Também nos aguardavam dois novos amigos, o Fábio e Ariane, moradores de Porto Feliz, que se prontificaram em ser os nossos guias turísticos pelo parque.

O local é muito interessante. Localizado as margens do rio Tietê, é um dos mais frequentados pelos moradores e pelos turistas. Inaugurado em 1920, foi instalado no exato local de onde saiam os batelões rumo às minas de ouro do Mato Grosso. Tornou-se o Museu Natural das Monções, onde se pode observar um batelão, o paredão salitroso que deu origem ao nome indígena da cidade (Araritaguaba)  e a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes.

Para quem não conhece... Não confundir batelão, que são grandes canoas feitas de troncos de árvores, com bitelão...Se alguém quiser saber o que é um bitelo é só falar com o Magoo ou, claro, procurar no dicionário...

 

Quando dito anteriormente que quase todos chegaram inteiros ao destino, uma referência estava sendo feita ao Perinha. Vejam só o estado do nosso amigo ao chegar a gruta. Literalmente sem uma perna...

É pessoal!!! Tão pensando que é fácil encarar uma pedalada com os Cervas? Como já dizia um velho amigo _”A rapadura é doce mas não é mole!!!”

Todos menos cansados, hidratados, protegidos com filtro solar e com os reservatórios de água com 110% de ocupação (água pura da fonte), é chegado o momento de nosso retorno. E este prometia ser muito cruel e causticante. O sol estava a pino e enfrentaríamos o pior horário, inclusive não recomendado para qualquer atividade física. Mas como nosso amigo Capivara sempre faz questão de ressaltar...Somos cascudos, rústicos e, até certo ponto, sem juízo. Resolvemos voltar assim mesmo...

Na passagem de volta pelas ruas de Porto Feliz, encontramos o mesmo cenário da chegada, ou seja, todo aquele tumulto se repetiu por onde passávamos. Mas isto não é necessário comentar novamente.

Saimos da cidade e pedalamos, pedalamos, pedalamos e pedalamos mais um pouco...até uma parada mais longa sob a sombra de uma árvore a beira da estrada.

Demoramos mais que o previsto, porque o nosso maior integrante precisou dar uma mijadinha em uma moita...Para quem ainda não o conhece, este é o BIG, aquele dos murmúrios na cidade...

Sinceramente, paramos muitas vezes em nosso retorno. Ninguém estava mais aguentando...

O Big e o Enduro pediram socorro quando chegamos ao Parque São Bento. Declinaram inclusive da reidratação. O pai do enduro foi quem fez o resgate das duas vítimas.

Perinha, Magoo, Celso e Alyne tiveram que parar em um posto de gasolina, próximo ao aeroporto, para se banharem em uma pequena torneira de lavatório e reduzirem a temperatura de seus corpos que, me arrisco a afirmar, estava próxima dos 40 graus.

Capivara, PP, Enéas e Luciano, melhores preparados se distanciaram a frente. Um pequeno comentário sobre a atitude do Pedrão e do Brasilia que despareceram e não deram sequer um sinal de que tudo estava bem. Conhecendo o Pedrão, certamente ele teve lá seus motivos. Mas como somos um grupo, vale o compromisso de, ao menos, um comunicado aos amigos.

Obstáculos vencidos, meta alcançada é chegada a hora da merecida reidratação a base de ceveda malteada e lúpulo. O local escolhido não poderia ser outro senão a famosa “Esquina da Costela” de nosso amigo Zézinho. Para lá se dirigiram, ou pedalaram: Luciano, PP, Capivara, Enéas, o casal 10 (Celso e Alyne) e o Magoo.

Mais uma vez fomos muito bem atendidos pelo Zezinho, que como novidade, esta oferecendo um novo tipo de acompanhamento para suas porções, denominado pelo Perinha de “limão desidratado”. Com certeza, este novo produto, destina-se àqueles que gostam de limão mas não apreciam o seu sumo.

Pedimos ao nosso amigo Zezinho para que ele tirasse uma foto de nossa farta mesa e, se possível, de nosso grupo também. Gentilmente, com sua carismática simplicidade, ele nos respondeu:

_”Eu num sei mexe nesse negócio ai não moçada...Minha mão é desajeitada e só sabe mexe cum carne, sal e carvão. Eu num vo consegui faze isso ai não...”

Capivara, o dono da maquininha de tirar retrato, insistiu...

_”É facil, é só olhar aqui no visor e tocar neste quadradinho...Não tem erro...”

Prá que insistir??? Foi o Zézinho, com sua mão toda engordurada, tocar no quadradinho e derrubar a maquininha do Capi no  chão.

Coitado do Zézinho, muito chateado, tentando se justificar:_”Eu disse que num sabía mexe neste negócio!!!”

O Capi arregalou os olhos e rapidamente pegou sua maquininha para fazer um check da integridade. Nada de anormal foi constatado, apenas o Magoo, justo o Magoo, não saiu no retrato.

   

Os comentários foram muitos sobre mais esta sofrida mas sensacional aventura.

No retorno para nossos lares, fomos surpreendidos com uma cena inusitada. O PP colidindo com um carro estacionado na av. Itavuvu. Se fosse qualquer outra pessoa, certamente diriamos que o sujeito estava bêbado, beldo, bêbedo, etc...etc... Mas como o fato ocorreu com o PP, concluimos que ele deve ter adormecido ao volante de sua Sacizinha influenciado pela banana que ele havia ingerido na ida para Porto Feliz.

PP, é melhor você parar de comer banana pela manhã...

Aliás, percebemos que todos que comeram as bananas estavam meio zonzos, abobados, dando risada à toa no final da jornada. Que coisa estranha??? Só agora entendemos o porque do Caco Antibes não deixar a Magda comer bananas...

Pessoal!!! Chega...”The End”....

Mais uma vêz, parabéns a todos os Cervabikers, principalmente ao casal 10, ao Enduro e ao BIG. Vamos torcer para que nos próximos, o Osmar, o Galo, o Beto, o Cleber e o Juninho possam também participar.

Obrigado ao Sr. Pedro (pai do Rodrigo Big), ao casal Fábio e Ariane (que carinhosamente nos deram o devido suporte na cidade de Porto Feliz) e ao sempre prestativo Zézinho. Esperamos reve-los em breve.

Está ficando cada vêz melhor fazer parte desta turma. Que venham os próximos desáfios...

 Vejam mais fotos de nosso passeio.

 

  

By Magoo